segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Obrigada por fumar (...)


Não sou contra o fumo, contanto que longe de mim. Acho que cada um tem o livre-arbítrio, garantido pelas mitologias, ou o livre-alvedrio, pela jurisprudência, de se matar como bem entender.
Mas o fumante deveria ter apenas um local permitido por lei para saciar seu vício corrosivo: seu próprio banheiro. Afinal, é este o espaço que melhor conhece o ser humano. Seus atos mais íntimos, escatológicos, doentios, deprimentes e imundos. Além das roupas, a máscara da civilização é jogada ao chão em detrimento ao que é de fato, natural. E, se o homem é um ser vivo com propenção a vícios dos mais diversos tipos, nada mais natural do que deixar-se consumir por eles na solidão de seus hábitos, sem obrigar os demais a partilharem disso no baile de máscaras da vida cotidiana.


Um comentário:

  1. Não falo do fumo especificamente, pois tambem não gosto, mas não critico quem fume. Dizes a verdade quando falas que vicios fazem parte da natureza humana. Me arrisco a ir um pouco mais fundo: Vicios fazem parte da personalidade, criatividade e até engenhosidade de alguns,geralmente seguidos pela decadência *não necessariamente nessa ordem*. Não falo de vícios em substâncias, pois não sei até que ponto é possivel diferenciar um vício de uma obsessão. Não seria um vício uma obsessão quase tão involuntária quanto a psico-patologia? Qnts artitas que hoje cultuamos não sofreram o ostracismo devido a seus vícios/obsessões excentricos(as)? Qnts deles não utilizavem de seus vícios/obsessões como fonte motora de sua inspiração? Não é minha intenção colocar em foco a discursão sobre a moralidade dos vicios, como citei anteriormente e agora repito, não falo de vícios em substancias. Como brilhantemente colocado no post "a máscara da civilização é jogada ao chão em detrimento ao que é de fato, natural". Os vícios, excentricidades, busca pelo irreal são tão naturais quanto o ato de ir ao sanitario citado no post. Assim como é, e sempre será, natural o ostracismo da sociedade diante daqueles que lhe parecem bizarros, excentricos, não saudáveis....que o diga H.R. Giger, Goya, entre tantos outros...(escrevi isso no banheiro)

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